sábado, 30 de janeiro de 2010

Futebol na TV

Existe uma “guerra” geográfica e nas torcidas de futebol aqui em Juiz de Fora(MG). Explico: a cidade está localizada entre Rio, São Paulo e Belo Horizonte. Porém é muito mais perto do Rio do que BH, a capital mineira. A influência carioca aqui é significativa. Somos chamados de “cariocas do brejo”, torcemos por Flamengo, Botafogo, Vasco, Fluminense e outros, vamos ao Rio almoçamos e voltamos, suplementos de jornais cariocas circulam só aqui, etc. Dizem que pertencemos à grande Rio…A Globo, através de sua afiliada, TV Panorama, nos obriga a assistir jogos de times mineiros e ao Globo Esporte gerado em BH. É insuportável!!Essa semana será menos cruel pois o TUPI é daqui…Enfim, Juiz de Fora, chamada Princesa de Minas, vive em constante crise existencial com as influências da vizinha descolada (Rio de Janeiro) e da prima recatada(Belo Horizonte) até na transmissão de TV…

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

PROJETO RONDON - Apolinário Melquisedec do Copo de Leite Gelado Martins e Souza de Oliveira da Pipoca Salgada, o mágico, em Tefé (AM)

PROJETO RONDON


Apolinário Melquisedec do Copo de Leite Gelado Martins e Souza de Oliveira da Pipoca Salgada, o mágico, em Tefé (AM) no dia 07 de setembro de 1975...

A Farsa do Mestre Pathelaim, autor desconhecido, 1979, Grupo Divulgação, direção José Luiz Ribeiro


A Farsa do Mestre Pathelaim, autor desconhecido, 1979, Grupo Divulgação, direção José Luiz Ribeiro

Robson Terra (Mestre Guilherme) e Virgínia Paes (Mulher de Pathelaim)

Santo Antônio de Pádua


Santo Antônio em desfile comemorativo dos 150 anos de Juiz de Fora.
Menino Jesus: Rafael Delmonte

Grupo Divulgação, O Rei da Vela, 1982, Totó Fruta-do-Conde


Totó Fruta-do-Conde, personagem do clássico O Rei Vela, de Oswald de Andrade, Grupo Divulgação, 1982. Direção: José Luiz Ribeiro

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A eterna luta entre o homem e a mulher, de Millôr Fenandes, 1985


Robson Terra
Foto: Tribuna de Minas

Amor senil amor de Alcione Araújo, 1983



Robson Terra e Simone Faria como Romualdo e Margarida na peça Alcione Araújo
Produção: Caravana do Delírio

Grupo Divulgação, "Como se fazia um deputado", de França Jr.



Anos: 1982
Direção: José Luiz Ribeiro

Tramóias e Trambiques, 1989, Brasília, Bar Singular



Espetáculo satírico que revela as vigarices e sacanices do homem desde a criação do mundo

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Viver a vida: um peixe fora d'água


A novela das nove se arrasta sem a sedução costumeira do horário. Motivo de piada mesmo nos bastidores, segundo notícias da imprensa, “Viver a Vida” é um barquinho a deslizar sem provocar reações na audiência. Ou talvez porque a vida real anda tão novelesca e cheia de dores e terrores que é melhor cozinhar a história em “banho maria” como se diz no interior.
O autor Manoel Carlos disse que até o carnaval não vai acontecer nada de espetacular na novela. A Rede Globo no momento não está sendo ameaçada por nenhuma concorrente no horário e assim deixa a “coisa” rolar e voar em “céu de brigadeiro”. Investir mais para brigar com quem?

Existem outras dificuldades percebidas pelo espectador. Como por exemplo a trama da novela que não funciona como elemento da narrativa pois os plots não são bem amarrados. Falta enredo, arena para conflito, o desespero e a esperança do herói, o fio condutor e as tramas paralelas que não apresentam identificação com a audiência. Os modelos de novelas de sucesso apresentam estratégias que são verdadeiros mapas da psiquê humana e são psicologicamente e emocionalmente realistas no arcabouço da trama mesmo com histórias fantásticas, impossíveis e irreais.

Outro grande desacerto pode ser a escalação do elenco. Já foi provado em vários momentos da história da teledramaturgia que o perfil dos atores/personagens exige a verossimilhança, empatia e um toque popularesco que a novela não trouxe. Papéis importantes, fios condutores da trama estão sendo interpretados por atores médios outros praticamente desconhecidos que não chegaram ao coração do público. E medalhões da casa estão sem função na história. Um desperdício.
Os rostos menos conhecidos na tela da Globo dão a sensação de que a novela é do SBT ou da Record com o festival de caras novas. A trama é frágil e sem os elementos costumeiros de Manoel Carlos em suas novelas: sadismo, pornografia, humor entre os dois. Aqueles depoimentos ao final trazem a "realidade" para o espectador que na novela só pretende o devaneio. Saudades de “A favorita”.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Haiti: o sem sentido do trágico na TV



A cena jornalística de 2010 se estampa com fragmentos de horror por segundo. Tudo se transforma numa grande avalanche ou amontoados de ferros e tijolos como se o esteta do mundo enlouquecido quer destruir sua obra. Quando acredita-se que o pior já passou, um fato novo avisa que o pior está sempre por vir. Na literatura teatral busca-se o socorro para entendimento da dimensão do trágico ou tragédia para compreensão da realidade contemporânea. O termo tragédia determina que ocorra um evento, mesmo exterior à esfera humana, dotado de uma certa intensidade negativa. Os terremotos são sempre tragédias. A morte também. No trágico tudo perde o sentido. A realidade vivida e exposta no noticiário escancara uma realidade que não pode ser conceituada.

Portanto: se o homem é um dos pressupostos fundamentais do trágico, outro pressuposto não menos importante é constituído pela ordem ou pelo sentido que forma o horizonte existencial do homem. Evidentemente, a natureza da ordem varia: pode ser o cosmo, os deuses, a justiça, o bem, outros valores morais, o amor e até mesmo ( e sobretudo) o sentido último da realidade.


O sentido último da realidade é que o noticiário tenta reconstruir na cobertura da imprensa e que encontra em Aristóteles pistas de entendimento "(...) pois os homens são tais ou quais segundo o seu caráter, mas são felizes ou infelizes segundo suas ações e suas experiências”. Ali todos estão dilacerados, principalmente repórteres do mundo inteiro que não entendem qual a medida do homem no cenário onde o mundo não tem sentido. E é preciso mostrar, até onde é permitido, a tragédia em seu estado puro.




Cidadãos vagando pelas ruas de Porto Príncipe estão em busca do sentido último dessa realidade, onde não existem heróis e a vida se esfarela em mais um escombro que cai e o odor macabro da putrefação daquele corpo que ainda ontem cantava, amava, sorria e acreditava que tudo fazia sentido. Ali a mídia não revela heróis, os soldados são guerreiros, pois a dimensão da tragédia exige do herói um desconhecimento da realidade e um jogo de sombras que não são revelados ao final, como no teatro. Os reveladores do horror, repórteres do mundo inteiro, exercendo a sua atividade profissional, são torturados em sensibilidades e subjetividades que pulsam na tela da TV e parecem dizer ao mundo: tudo é tão terrível que agradeçam a cada minuto a Deus por suas famílias, amigos, amores, destino e com aquilo que Hegel chama de realidade substancial e objetiva.


O mesmo Hegel afirma que a ordem, o cosmo, é deslocado a favor do caos. Mesmo esse caos fica ínfimo perto do caos real da cobertura dos jornais, TV e da web de um mundo devastado por uma simples acomodação de camadas de terra. A personagem humana é reduzida a um átomo, um pequeno fragmento dentro da tragicidade cósmica: ela se perde em sua insignificância e todo seu esforço para saber qual é a sua culpa resulta em absurdo...não existem respostas para gritos e olhares. É como se a injustiça estivesse instalada no próprio Deus, desfazendo-se, em conseqüência, qualquer critério ou medida que possa aquilatar a injustiça. Aos heróis jornalistas só resta...não sei o quê! (Complete você, amigo leitor...)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Theresa Amayo: ficção e realidade





Esta é a história real, sincera e apaixonante da trajetória de uma das atrizes mais completas do Brasil. E o que é mais importante: narrada por ela mesmo. Theresa Amayo teve importante participação no cinema brasileiro, principalmente nos anos 1950, quando esteve em uma série de sucessos: Fuzileiro do Amor, com Mazzaropi; O Diamante, com Anselmo Duarte; O Barbeiro que se Vira, com Arrelia; O Camelô da Rua Larga, com Zé Trindade, e Eu Sou o Tal, com Vagareza. Fez muito teatro (na Cia. Dulcina-Odilon, onde começou em espetáculos como Pequenos Burgueses, Seis Personagens à Procura de um Autor, de Pirandello), e muitas novelas na TV Globo (Pecado Capital, Gina, Senhora do Destino), TV Manchete (Carmen) e TV Record (O Espantalho), entre outras. Mas sua maior façanha é sua própria vida, a infância em Belém do Pará, lutando contra a oposição da família para seguir a carreira artística, o feliz casamento com o célebre dramaturgo e radialista Mário Brasini (1921-97), o curso de psicologia, a coragem em enfrentar tragédias pessoais. Mais um lançamento da Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, no seu trabalho de resgate e preservação da memória cultural brasileira.



Livro: Theresa Amayo, ficção e realidade
Editora: Imprensa Oficial
São Paulo, 2009

A coleção Aplauso editada pela Imprensa Oficial que publicou dezenas de biografias ou perfis de artistas de teatro, cinema e televisão resgata a trajetória da atriz Theresa Amayo, ícone do teatro, cinema e das novelas da Rede Globo nos anos 60 e 70. A autobiografia sensível e inteligente de Theresa relembra fatos e momentos da carreira sensível da intérprete. Centenas de fotos redesenham na memória do leitor sucessos de novelas como A Rainha Louca , Sangue e Areia, Passo dos Ventos, A Última Valsa, Pecado Capital, O Espantalho, still de participações em filmes e centenas de peças de teatro.
A narrativa traz episódios curiosos da carreira internacional em récitas de teatro em vários palcos do mundo e momentos emocionantes da intensa vida pessoal da atriz. Pura emoção e reflexão para as novas gerações que buscam no teatro o sonho maior.




Link para pdf

http://aplauso.imprensaoficial.com.br/livro-interna.php?iEdicaoID=272

Robson Terra

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

A história divertida de Juiz de Fora








Sobre o sexo virtual


“Por entre rajadas de carícias, suspiros e penetrações, mesmo que descritas com a maior das superficialidades, as glândulas entram Realmente em ação, e muitas vezes dum modo tão vibrante como se tratasse dum encontro amoroso na vida real – por vezes até mais, tendo em conta a conjugação do poder do anonimato com o poder de sugestão dum texto para desencadear fantasias arraigadas na nossa mente. E se o cenário virtual corrente que se estabelece entre os jogadores baterem certo, quem sabe? O coração poderá intervir também, desencadeando PAIXÕES tão fortes como muitas das que ligam os amantes que respeitam a formalidade de se encontrarem em carne e osso”.
(A vida no ecrã, de Sherry Turkley)