sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
REDE GLOBO E IGREJA
Veja o vídeo no YOUTUBE:
http://www.youtube.com/watch?v=PGhB1cEucIs
"Os subterrâneos das imagens são mais amplos e profundos que a sua face visível. Elas abrigam todo o amplo espectro das invisibilidades constituídas pelas deposições do esquecimento, aquela parte da memória que opta por ficar na sombra, mas que nem por isso é menos ativa." (Aby Warbur)
*Naquele momento, em 1964, o povo brasileiro percebeu que era abandonado pela Igreja com as renovações do Concílio Vaticano II e a ditadura militar abafou o estado democrático. Um povo sem igreja e governo...Esse estado de melancolia vivido pela sociedade chama-se anomia.
*A TV Globo é fundada em 26 de abril de 1965, com o capital americano do Grupo Time-Life e o povo transferiu para a telinha a idolatria que a Igreja refutou com as renovações do rito católico
O efeito surpreendente das imagens via mediação televisiva:
Este sentimento distancia os participantes de um processo comunicativo daquilo que deve ser sua meta primeira: informar. A magia não tem e nunca teve como meta informar, mas sim encantar, iludir, desviar a atenção, literalmente enganar. O mesmo pensamento mágico-mítico que produz magníficos textos da criatividade artística do homem, da arte e da cultura, pode criar deuses lá no mais profundo reduto da racionalidade e da ciência. (BAITELLO Jr. 2005, p. 76)
Assim como a Igreja utiliza o martírio e extremo sofrimento dos santos para sensibilizar os fiéis, a TV usa os casos de Isabela Nardoni, João Hélio, Tim Lopes e outros como mártires contemporâneos.
*Vejam a citação:
"O mundo do mito é um mundo dramático - um mundo de ações, de forças, de poderes em conflito.Tudo o que é visto ou sentido é cercado de uma atmosfera especial - uma atmosfera de alegria, ou dor, de angústia, de excitação, de júbilo, ou depressão.Todos os objetos são benignos, amistosos ou inamistosos, conhecidos ou estranhos, atraentes ou fascinantes ou repelentes e amedrontadores.(CASSIRER)
http://www.youtube.com/watch?v=PGhB1cEucIs
"Os subterrâneos das imagens são mais amplos e profundos que a sua face visível. Elas abrigam todo o amplo espectro das invisibilidades constituídas pelas deposições do esquecimento, aquela parte da memória que opta por ficar na sombra, mas que nem por isso é menos ativa." (Aby Warbur)
*Naquele momento, em 1964, o povo brasileiro percebeu que era abandonado pela Igreja com as renovações do Concílio Vaticano II e a ditadura militar abafou o estado democrático. Um povo sem igreja e governo...Esse estado de melancolia vivido pela sociedade chama-se anomia.
*A TV Globo é fundada em 26 de abril de 1965, com o capital americano do Grupo Time-Life e o povo transferiu para a telinha a idolatria que a Igreja refutou com as renovações do rito católico
O efeito surpreendente das imagens via mediação televisiva:
Este sentimento distancia os participantes de um processo comunicativo daquilo que deve ser sua meta primeira: informar. A magia não tem e nunca teve como meta informar, mas sim encantar, iludir, desviar a atenção, literalmente enganar. O mesmo pensamento mágico-mítico que produz magníficos textos da criatividade artística do homem, da arte e da cultura, pode criar deuses lá no mais profundo reduto da racionalidade e da ciência. (BAITELLO Jr. 2005, p. 76)
Assim como a Igreja utiliza o martírio e extremo sofrimento dos santos para sensibilizar os fiéis, a TV usa os casos de Isabela Nardoni, João Hélio, Tim Lopes e outros como mártires contemporâneos.
*Vejam a citação:
"O mundo do mito é um mundo dramático - um mundo de ações, de forças, de poderes em conflito.Tudo o que é visto ou sentido é cercado de uma atmosfera especial - uma atmosfera de alegria, ou dor, de angústia, de excitação, de júbilo, ou depressão.Todos os objetos são benignos, amistosos ou inamistosos, conhecidos ou estranhos, atraentes ou fascinantes ou repelentes e amedrontadores.(CASSIRER)
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Do Observatório da Imprensa
SESSÃO DE CINEMA
Decifra-me ou te devoro
Por Robson Terra em 9/11/2010
Os filmes que são ressuscitados em dias de eleição presidencial pela programação da Rede Globo sempre despertam curiosidades e a inevitável comparação com o momento cívico e emocional que estamos vivenciando. Nas duas últimas eleições para presidente, no segundo turno, quando Lula foi eleito, a sessão Temperatura Máxima, da emissora carioca, exibiu o filme O Náufrago, que a sinopse descreve como "um homem solitário por quatros anos em uma ilha deserta. O ambiente mais desolado que possa imaginar. Após quatro anos, Chuck volta para a civilização como um homem profundamente mudado". Na sessão de Domingo Maior em 2006, após a confirmação da vitória de Lula, surgiu o clássico Os Dez Mandamentos, de Cecil B. DeMille, onde Moisés, lendário personagem bíblico, recebia as tábuas com os dez mandamentos a serem seguidos pela humanidade.
A história exibida ontem (31/10), durante a eleição, em segundo turno, de Dilma Rousseff, foi Inteligência Artificial. Numa resenha do ComCiência, de 2001, sem assinatura do autor, encontramos uma resposta para a interrogação sobre a programação metafórica de Temperatura Máxima:
Nesse sentido, Rodney Brooks (apud Folha de S.Paulo, 2001), diretor do Laboratório de Inteligência Artificial do MIT, para a produção do filme A.I., afirma: "Em 20 ou 30 anos, teremos capacidade tecnológica para construir um robô com a mesma quantidade de computação do cérebro humano. Só não sei se vamos conseguir decifrar os algoritmos necessários nesse período de tempo." Entretanto, ele esclarece: "A maior parte dos robôs que iremos construir não terá vontade própria." Penso que, nessa afirmação, se por um lado está demarcada uma "íntima" relação entre os humanos e os robôs, por outro, tais "seres" caracterizam-se como objetos perfeitos para ocuparem o lugar de objeto de gozo do outro que o possui.
Mais um vírus midiático
Mais instigante fica a programação quando, após a apuração dos votos que deram vitória à candidata apoiada pelo presidente Lula, a sessão de Domingo Maior exibiu Triplo X2 – Estado de Emergência, cuja sinopse diz:
"O agente de segurança nacional Augustus Gibbons (Samuel L. Jackson) escolhe o novo Triplo X: Darius Stone (Ice Cube), um condecorado soldado de operações especiais que está atualmente em uma prisão, sob pesada vigilância. Após ser solto, Darius precisa se infiltrar num grupo de dissidentes radicais engajados no próprio governo, que planejam eliminar o presidente americano."
Pode até não ter nada a ver, mas é muito curioso. E se o noticiário, hoje, é mais importante pelo que não diz do que pelo que está escrito, e a campanha eleitoral do segundo turno foi um ramalhete farto de pétalas envenenadas sob a égide da democracia e livre expressão, as possíveis intencionalidades contidas na programação dos filmes do domingo, 31 de outubro de 2010, deixam o telespectador arguto inoculado com mais um vírus midiático.
Metáforas do cinema...e da Globo.
Decifra-me ou te devoro
Por Robson Terra em 9/11/2010
Os filmes que são ressuscitados em dias de eleição presidencial pela programação da Rede Globo sempre despertam curiosidades e a inevitável comparação com o momento cívico e emocional que estamos vivenciando. Nas duas últimas eleições para presidente, no segundo turno, quando Lula foi eleito, a sessão Temperatura Máxima, da emissora carioca, exibiu o filme O Náufrago, que a sinopse descreve como "um homem solitário por quatros anos em uma ilha deserta. O ambiente mais desolado que possa imaginar. Após quatro anos, Chuck volta para a civilização como um homem profundamente mudado". Na sessão de Domingo Maior em 2006, após a confirmação da vitória de Lula, surgiu o clássico Os Dez Mandamentos, de Cecil B. DeMille, onde Moisés, lendário personagem bíblico, recebia as tábuas com os dez mandamentos a serem seguidos pela humanidade.
A história exibida ontem (31/10), durante a eleição, em segundo turno, de Dilma Rousseff, foi Inteligência Artificial. Numa resenha do ComCiência, de 2001, sem assinatura do autor, encontramos uma resposta para a interrogação sobre a programação metafórica de Temperatura Máxima:
Nesse sentido, Rodney Brooks (apud Folha de S.Paulo, 2001), diretor do Laboratório de Inteligência Artificial do MIT, para a produção do filme A.I., afirma: "Em 20 ou 30 anos, teremos capacidade tecnológica para construir um robô com a mesma quantidade de computação do cérebro humano. Só não sei se vamos conseguir decifrar os algoritmos necessários nesse período de tempo." Entretanto, ele esclarece: "A maior parte dos robôs que iremos construir não terá vontade própria." Penso que, nessa afirmação, se por um lado está demarcada uma "íntima" relação entre os humanos e os robôs, por outro, tais "seres" caracterizam-se como objetos perfeitos para ocuparem o lugar de objeto de gozo do outro que o possui.
Mais um vírus midiático
Mais instigante fica a programação quando, após a apuração dos votos que deram vitória à candidata apoiada pelo presidente Lula, a sessão de Domingo Maior exibiu Triplo X2 – Estado de Emergência, cuja sinopse diz:
"O agente de segurança nacional Augustus Gibbons (Samuel L. Jackson) escolhe o novo Triplo X: Darius Stone (Ice Cube), um condecorado soldado de operações especiais que está atualmente em uma prisão, sob pesada vigilância. Após ser solto, Darius precisa se infiltrar num grupo de dissidentes radicais engajados no próprio governo, que planejam eliminar o presidente americano."
Pode até não ter nada a ver, mas é muito curioso. E se o noticiário, hoje, é mais importante pelo que não diz do que pelo que está escrito, e a campanha eleitoral do segundo turno foi um ramalhete farto de pétalas envenenadas sob a égide da democracia e livre expressão, as possíveis intencionalidades contidas na programação dos filmes do domingo, 31 de outubro de 2010, deixam o telespectador arguto inoculado com mais um vírus midiático.
Metáforas do cinema...e da Globo.
domingo, 11 de julho de 2010
A RAINHA LOUCA -
A rainha louca é uma telenovela brasileira exibida pela TV Globo entre 20 de fevereiro e 16 de dezembro de 1967, às 21h30. Foi escrita por Glória Magadan, baseada no romance Memórias de um médico de Alexandre Dumas, e dirigida por Ziembinski e Daniel Filho. Teve 215 capítulos.
Relata a história do imperador francês no México, Maximiliano de Habsburgo, no momento das guerras de anexação de Napoleão III e de Charlotte, esposa de Maximiliano e filha do rei da Bélgica. Ela enlouquece por ser incapaz de resolver a contento os seus ideais.
Nos porões do palácio, vivia a Marquesa, uma simpática mendiga que protegia o romance secreto entre o nobre Xavier Montenegro, a quem chamava de "Bonitão", e uma camponesa. Enquanto isso, o índio Robledo cortejava Maria de las Mercês.
Elenco:
Nathália Timberg - Charlotte
Rubens de Falco - Maximiliano
Amilton Fernandes - Xavier Montenegro
Cláudio Marzo - Robledo
Theresa Amayo - Maria de las Mercês
Paulo Gracindo - Conde Demétrius
Zilka Salaberry - Marquesa
Leila Diniz - Lorenza
sábado, 5 de junho de 2010
Prefácio do Livro: MAGIA TELEVISIVA E RELIGIÃO: GLOBO E ATMOSFERA DA SEDUÇÃO de ROBSON TERRA.
Prefácio
Por José Luiz Ribeiro
Percorrer a magia televisiva guiado por Robson Terra é uma aventura que envolve ricos conhecimentos do Brasil popular onde a religiosidade surge no dia-a-dia e configura uma identidade nacional.
Partindo de um suporte amplo, eivado nos estudos da teoria da comunicação, o autor mergulha na vivência do sagrado, que aproxima o fiel do ritual e reveste de sentidos avassaladores no encontro de um Brasil pautado pela modernidade da mediação tecnológica.
O rádio e sua penetração em um Brasil arcaico, que se iluminou com o Rei da Vela, tornando-o possuidor de uma teia social cunhada no imaginário das cantoras famosas, abre as primeiras picadas para um estado nacional em que o melodrama dará seus primeiros passos para a difusão de histórias que encheram de lágrimas os olhos de nossas avós.
O traço da rota uniu o país e permitiu, nos anos cinqüenta, à televisão brasileira dar os seus primeiros passos na construção de uma hegemonia nacional. Assim como o rádio que nasceu em 22, a televisão dos anos cinqüenta evoluiu criando uma rede de consumidores que fizeram da novela um ponto de fuga para uma sociedade de olhos postos nos olimpianos.
Robson Terra mergulha em suas raízes e constrói, sem preconceitos, num tear imaginário uma belíssima reflexão sobre a mídia e a alma brasileira. Dono de saber sobre os caminhos percorridos vale-se da semiótica para levantar indícios signicos, icônicos e simbólicos para resgatar sinais de fumaça que, interpretados, nos abrem círculos de identificação entre o arcaico e o pós-moderno.
Como um profeta do apocalipse ele revela, nas entranhas da mídia, numa leitura muito própria, os fios que conduzem a sedução dos tempos modernos. Mostra como que, inconscientemente, o povo de Deus se transmuta no povo da mídia. Como a Rede Globo criou um público fiel através da atmosfera sedutora de narrativas que domesticavam corações e mentes.
Recupera a visão do homem comum, que se diverte com filmes B, chora com os dramas do cotidiano vividos pelos astros da telenovela e se anestesia com a realidade editada nos telejornais. Resgata este homem diante da produção midiática e seu comportamento de adesão. O espectador diante da tela que se acende e o integra virtualmente no espaço continental de um país que ri, chora se informa e aprende utilizando o filtro crítico que o guia em suas preferências.
Esta reflexão pode ser contestada, mas, certamente, não pode ser ignorada. Esta viagem toca na ferida de um mundo em que o sagrado perde sua instância diante de um tempo burocrático e banalizado. Ao percorrer esta obra os olhos do leitor serão contaminados pela sapiência da árvore da sabedoria. Percorrerá a lendária caminhada do rádio e da televisão brasileira revirando nos cantos ocultos da memória as frestas por onde o cronotopos se abastece de significados múltiplos criados numa relação especular que une homem e sociedade.
Num tempo em que os sofismas habitam a mente de uma sociedade fragmentada pela informação e pouco sedimentada na reflexão do conhecimento é preciso rever saberes e nada mais justo do que procurá-lo no religare do sagrado que liberta.
Um novo avatar se forma. Este paraíso criado pela sociedade do consumo
necessita de profetas que denunciem os ídolos de pé de barro. Neste caleidoscópio colorido com imagens tautológicas é preciso de sacerdotes que expliquem o mundo e, também de serpentes que revelem as vantagens do mundo da sabedoria oferecendo o fruto proibido que abre os olhos inocentes. Certamente o autor cumpre este papel de oferecer, como Prometeu, pistas para que o espectador, expulso do reino da midiocracia, conquiste o reino da cidadania.
José Luiz Ribeiro
domingo, 9 de maio de 2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Rede Globo: 45 anos, campanha fora do ar
O filme da polêmica:
http://www.youtube.com/watch?v=Y9cOIczl4hw
A Globo sempre teve vocação governista e não pode ter seus interesses contrariados e a campanha política já começou. O filme sobre o 45 anos é pífio, traz referenciais de matrizes visuais e verbais ufanistas, através dos artistas, que representam o eleitorado brasileiro. A escolha dos nomes do elenco deve ter sido feita com rigor de estratégia de guerra.Lembra filmes de propaganda governamental subliminar onde os ídolos globais repetem slogans que são dicotômicos com a proposta da campanha de aniversário da emissora ou então, numa visão bem inocente (rsrsrsrs) é falta de criatividade mesmo...O que não se aplica à emissora.visualizar o recado inteiro
http://www.youtube.com/watch?v=Y9cOIczl4hw
A Globo sempre teve vocação governista e não pode ter seus interesses contrariados e a campanha política já começou. O filme sobre o 45 anos é pífio, traz referenciais de matrizes visuais e verbais ufanistas, através dos artistas, que representam o eleitorado brasileiro. A escolha dos nomes do elenco deve ter sido feita com rigor de estratégia de guerra.Lembra filmes de propaganda governamental subliminar onde os ídolos globais repetem slogans que são dicotômicos com a proposta da campanha de aniversário da emissora ou então, numa visão bem inocente (rsrsrsrs) é falta de criatividade mesmo...O que não se aplica à emissora.visualizar o recado inteiro
Teatro sobre a Dengue
Tribunade Minas, Cesar Romero, 21.04.2010
GUERRA ALVINEGRA À DENGUE
O diretor de teatro e ator Robson Terra vai prestar homenagem ao título do Botafogo incluindo o hino do clube, com direito à bandeira da estrela solitária, no espetáculo “Guerra ao mosquito da dengue”, pois o Aedes Aegypti é preto com listras brancas.
A estreia acontece amanhã, no Ginásio Poliesportivo de Rio Pomba, para mais duas mil crianças do ensino fundamental.
Com isso, a prevenção da doença ganha um elemento lúdico e de apelo popular e informativo.
terça-feira, 20 de abril de 2010
Dengue: a listra do diabo
Robson Terra na peça de teatro "A história de Dedé Dengoso"
A manchete da Tribuna de Minas, de terça-feira, 20 de abril de 2010, é a crônica de tragédia anunciada: “Estado prevê até dez mil casos de dengue em Juiz de Fora”. A epidemia da doença febril infecciosa, na cidade, é inevitável pela falta de cuidado e educação na eliminação de focos para a proliferação do mosquito. Desde quintais aos logradouros públicos.
A informação e prevenção à proliferação do mosquito da Aedes aegypti tem sido o foco da peça teatral Guerra ao mosquito da dengue, desde 2000, no Projeto Teatro vai à Escola. Temos pesquisado a literatura sobre o tema, participado de eventos e campanhas e as previsões de aumentos de casos da doença na cidade e região são assustadoras.
Vivemos o medo nosso de cada dia do inimigo silencioso, quase invisível, frágil e com listras em preto e branco. No livro O pano do diabo de Michel Pastoureau “listras demais acabam enlouquecendo. O listrado é efervescente demais, ilumina e escure a vista, perturba o espírito, confunde o sentido”. Metaforicamente é o que acontece com os doentes e com a rede hospitalar que não está preparada para caos anunciado. Como hospitalizar tanta gente nos próximos meses?
A dengue hemorrágica é a forma mais grave da doença. Pode levar ao óbito. Além dos sangramentos a baixa pressão arterial (choque) é o grande perigo. Procure ver uma foto de paciente com dengue hemorrágica: é a visão do apocalipse! É traumatizante. E o pior: é real!
Segundo o livro Dengue: hoje...e amanhã de Eliana Mariz Câmara “o mesmo vetor da dengue é da febre amarela.” Assim se o Aedes pica algum doente de febre amarela passa a transmitir essa doença. Há também o pernilongo Aedes albopictus, uma outra espécie, que vive nos bosques e florestas sendo o responsável pela manutenção da infecção entre os macacos.
Com o engajamento efetivo da população e poder público na eliminação dos focos a incidencia de casos pode diminuir ou vamos enfrentar a tsunami de doentes na cidade. Os bairros vizinhos aos cemitérios e perto das florestas tropicais são mais atingidos. Com todo respeitos aos sentimentos pelos mortos, os vasos com flores de plásticos e água parada e limpa precisam ser eliminados em mutirão. Os muros com cacos de vidro não deixam o ladrão entrar, mas o mosquito dengoso entra. O pior ainda não passou. Está apenas começando...
domingo, 21 de março de 2010
Rede Doctum e a Dona Margarida de Robson Terra
Rede Doctum traz aclamado espetáculo teatral para aula inaugural de 2010
Para abrir oficialmente o semestre, a rede de Faculdades Doctum apresentou o espetáculo de teatro musical e de humor “Apareceu a Margarida”, de Roberto Athayde. A peça, representada pela companhia de teatro “Robson Terra & Cia”, fez parte da programação das aulas inaugurais da instituição, realizadas em várias cidades.
Exibição do espetáculo “Apareceu a Margarida” nas aulas inaugurais da Doctum:
Dia 11/02, às 19h: Manhuaçu
Dia 24/02, às 19h: Caratinga
Dia 25/02 às 19h: Teófilo Otoni
Dia 01/03, às 19h: Juiz de Fora
Dia 04/03, às 19h: Cataguases
Dia 04/03, às 21h: Leopoldina
Dia 15/03, às 19h: Guarapari
A montagem de Robson Terra & Cia, em repertório desde 1986, traz a atualização contemporânea das falas da tradicional professora. O ator foi premiado com apresentações da montagem em festivais de teatro. Mestre em Comunicação e Tecnologia, pós-graduado em Marketing, bacharel em Comunicação e professor universitário, Robson Terra é profissional de teatro desde 1971 e desenvolve o projeto “Teatro Vai à Escola”, que já levou o teatro para mais de quinhentos mil alunos do ensino fundamental.
Fotos de João Schubert
Marcadores:biografia,fotonovela, rádio e TV
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sábado, 30 de janeiro de 2010
Futebol na TV
Existe uma “guerra” geográfica e nas torcidas de futebol aqui em Juiz de Fora(MG). Explico: a cidade está localizada entre Rio, São Paulo e Belo Horizonte. Porém é muito mais perto do Rio do que BH, a capital mineira. A influência carioca aqui é significativa. Somos chamados de “cariocas do brejo”, torcemos por Flamengo, Botafogo, Vasco, Fluminense e outros, vamos ao Rio almoçamos e voltamos, suplementos de jornais cariocas circulam só aqui, etc. Dizem que pertencemos à grande Rio…A Globo, através de sua afiliada, TV Panorama, nos obriga a assistir jogos de times mineiros e ao Globo Esporte gerado em BH. É insuportável!!Essa semana será menos cruel pois o TUPI é daqui…Enfim, Juiz de Fora, chamada Princesa de Minas, vive em constante crise existencial com as influências da vizinha descolada (Rio de Janeiro) e da prima recatada(Belo Horizonte) até na transmissão de TV…
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
PROJETO RONDON - Apolinário Melquisedec do Copo de Leite Gelado Martins e Souza de Oliveira da Pipoca Salgada, o mágico, em Tefé (AM)
A Farsa do Mestre Pathelaim, autor desconhecido, 1979, Grupo Divulgação, direção José Luiz Ribeiro
Grupo Divulgação, O Rei da Vela, 1982, Totó Fruta-do-Conde
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Amor senil amor de Alcione Araújo, 1983
Robson Terra e Simone Faria como Romualdo e Margarida na peça Alcione Araújo
Produção: Caravana do Delírio
Marcadores:biografia,fotonovela, rádio e TV
teatro.
domingo, 24 de janeiro de 2010
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Viver a vida: um peixe fora d'água
A novela das nove se arrasta sem a sedução costumeira do horário. Motivo de piada mesmo nos bastidores, segundo notícias da imprensa, “Viver a Vida” é um barquinho a deslizar sem provocar reações na audiência. Ou talvez porque a vida real anda tão novelesca e cheia de dores e terrores que é melhor cozinhar a história em “banho maria” como se diz no interior.
O autor Manoel Carlos disse que até o carnaval não vai acontecer nada de espetacular na novela. A Rede Globo no momento não está sendo ameaçada por nenhuma concorrente no horário e assim deixa a “coisa” rolar e voar em “céu de brigadeiro”. Investir mais para brigar com quem?
Existem outras dificuldades percebidas pelo espectador. Como por exemplo a trama da novela que não funciona como elemento da narrativa pois os plots não são bem amarrados. Falta enredo, arena para conflito, o desespero e a esperança do herói, o fio condutor e as tramas paralelas que não apresentam identificação com a audiência. Os modelos de novelas de sucesso apresentam estratégias que são verdadeiros mapas da psiquê humana e são psicologicamente e emocionalmente realistas no arcabouço da trama mesmo com histórias fantásticas, impossíveis e irreais.
Outro grande desacerto pode ser a escalação do elenco. Já foi provado em vários momentos da história da teledramaturgia que o perfil dos atores/personagens exige a verossimilhança, empatia e um toque popularesco que a novela não trouxe. Papéis importantes, fios condutores da trama estão sendo interpretados por atores médios outros praticamente desconhecidos que não chegaram ao coração do público. E medalhões da casa estão sem função na história. Um desperdício.
Os rostos menos conhecidos na tela da Globo dão a sensação de que a novela é do SBT ou da Record com o festival de caras novas. A trama é frágil e sem os elementos costumeiros de Manoel Carlos em suas novelas: sadismo, pornografia, humor entre os dois. Aqueles depoimentos ao final trazem a "realidade" para o espectador que na novela só pretende o devaneio. Saudades de “A favorita”.
sábado, 16 de janeiro de 2010
Haiti: o sem sentido do trágico na TV
A cena jornalística de 2010 se estampa com fragmentos de horror por segundo. Tudo se transforma numa grande avalanche ou amontoados de ferros e tijolos como se o esteta do mundo enlouquecido quer destruir sua obra. Quando acredita-se que o pior já passou, um fato novo avisa que o pior está sempre por vir. Na literatura teatral busca-se o socorro para entendimento da dimensão do trágico ou tragédia para compreensão da realidade contemporânea. O termo tragédia determina que ocorra um evento, mesmo exterior à esfera humana, dotado de uma certa intensidade negativa. Os terremotos são sempre tragédias. A morte também. No trágico tudo perde o sentido. A realidade vivida e exposta no noticiário escancara uma realidade que não pode ser conceituada.
Portanto: se o homem é um dos pressupostos fundamentais do trágico, outro pressuposto não menos importante é constituído pela ordem ou pelo sentido que forma o horizonte existencial do homem. Evidentemente, a natureza da ordem varia: pode ser o cosmo, os deuses, a justiça, o bem, outros valores morais, o amor e até mesmo ( e sobretudo) o sentido último da realidade.
O sentido último da realidade é que o noticiário tenta reconstruir na cobertura da imprensa e que encontra em Aristóteles pistas de entendimento "(...) pois os homens são tais ou quais segundo o seu caráter, mas são felizes ou infelizes segundo suas ações e suas experiências”. Ali todos estão dilacerados, principalmente repórteres do mundo inteiro que não entendem qual a medida do homem no cenário onde o mundo não tem sentido. E é preciso mostrar, até onde é permitido, a tragédia em seu estado puro.
Cidadãos vagando pelas ruas de Porto Príncipe estão em busca do sentido último dessa realidade, onde não existem heróis e a vida se esfarela em mais um escombro que cai e o odor macabro da putrefação daquele corpo que ainda ontem cantava, amava, sorria e acreditava que tudo fazia sentido. Ali a mídia não revela heróis, os soldados são guerreiros, pois a dimensão da tragédia exige do herói um desconhecimento da realidade e um jogo de sombras que não são revelados ao final, como no teatro. Os reveladores do horror, repórteres do mundo inteiro, exercendo a sua atividade profissional, são torturados em sensibilidades e subjetividades que pulsam na tela da TV e parecem dizer ao mundo: tudo é tão terrível que agradeçam a cada minuto a Deus por suas famílias, amigos, amores, destino e com aquilo que Hegel chama de realidade substancial e objetiva.
O mesmo Hegel afirma que a ordem, o cosmo, é deslocado a favor do caos. Mesmo esse caos fica ínfimo perto do caos real da cobertura dos jornais, TV e da web de um mundo devastado por uma simples acomodação de camadas de terra. A personagem humana é reduzida a um átomo, um pequeno fragmento dentro da tragicidade cósmica: ela se perde em sua insignificância e todo seu esforço para saber qual é a sua culpa resulta em absurdo...não existem respostas para gritos e olhares. É como se a injustiça estivesse instalada no próprio Deus, desfazendo-se, em conseqüência, qualquer critério ou medida que possa aquilatar a injustiça. Aos heróis jornalistas só resta...não sei o quê! (Complete você, amigo leitor...)
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Theresa Amayo: ficção e realidade
Esta é a história real, sincera e apaixonante da trajetória de uma das atrizes mais completas do Brasil. E o que é mais importante: narrada por ela mesmo. Theresa Amayo teve importante participação no cinema brasileiro, principalmente nos anos 1950, quando esteve em uma série de sucessos: Fuzileiro do Amor, com Mazzaropi; O Diamante, com Anselmo Duarte; O Barbeiro que se Vira, com Arrelia; O Camelô da Rua Larga, com Zé Trindade, e Eu Sou o Tal, com Vagareza. Fez muito teatro (na Cia. Dulcina-Odilon, onde começou em espetáculos como Pequenos Burgueses, Seis Personagens à Procura de um Autor, de Pirandello), e muitas novelas na TV Globo (Pecado Capital, Gina, Senhora do Destino), TV Manchete (Carmen) e TV Record (O Espantalho), entre outras. Mas sua maior façanha é sua própria vida, a infância em Belém do Pará, lutando contra a oposição da família para seguir a carreira artística, o feliz casamento com o célebre dramaturgo e radialista Mário Brasini (1921-97), o curso de psicologia, a coragem em enfrentar tragédias pessoais. Mais um lançamento da Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, no seu trabalho de resgate e preservação da memória cultural brasileira.
Livro: Theresa Amayo, ficção e realidade
Editora: Imprensa Oficial
São Paulo, 2009
A coleção Aplauso editada pela Imprensa Oficial que publicou dezenas de biografias ou perfis de artistas de teatro, cinema e televisão resgata a trajetória da atriz Theresa Amayo, ícone do teatro, cinema e das novelas da Rede Globo nos anos 60 e 70. A autobiografia sensível e inteligente de Theresa relembra fatos e momentos da carreira sensível da intérprete. Centenas de fotos redesenham na memória do leitor sucessos de novelas como A Rainha Louca , Sangue e Areia, Passo dos Ventos, A Última Valsa, Pecado Capital, O Espantalho, still de participações em filmes e centenas de peças de teatro.
A narrativa traz episódios curiosos da carreira internacional em récitas de teatro em vários palcos do mundo e momentos emocionantes da intensa vida pessoal da atriz. Pura emoção e reflexão para as novas gerações que buscam no teatro o sonho maior.
Link para pdf
http://aplauso.imprensaoficial.com.br/livro-interna.php?iEdicaoID=272
Robson Terra
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
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