quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Artista municipal e artista federal
Adilson Santos, Ana Carolina e Knorr
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Foto do álbum do facebook de Knorr
Artista municipal e artista federal
A repercussão do episódio da suspensão dos vídeos de Knorr nas redes sociais traz a reflexão de como a vida traça emaranhados e distorções afetivas profissionais desnecessárias. Ignorando o aspecto legal de interesses comerciais de sites, gravadoras, editoras e artistas abordamos afetividades e esquecimentos cruéis para quem tornou visível quem estava invisível. Juiz de Fora registra casos clássicos. O compositor Mamão projetou Clara Nunes com “Tristeza pé no chão”, aclamado belo poema em alegoria e metáforas da MPB. Ela fez sucesso, ficou rica e morreu como passarinho, nova e sem desfrutar da fortuna que não compartilhou. Mamão canta e encanta até hoje.
O milionário das letras Paulo Coelho pediu a Toninho Buda, mestre em criação, que escrevesse o livro “Manual Prático do Vampirismo” em 1986. Estavam em nossa plateia no espetáculo “A eterna luta entre o homem e a mulher”. A partir do livro o mago Coelho inspirou-se na filosofia hindu e reescreveu carreira invejável. Ganhou fama editado no mundo inteiro. Vive no exterior.
Paulo Coelho e Toninho Buda
Como diretor de teatro, em 1984, abrimos as portas do “Caravana Café Concerto...um delírio” no Marrakech, ali um artista foi caracterizado, batizado na cena e ungido com o personagem Denirson, que alcançou sucesso na TV como Nerso da Capitinga. Nos anos 90 perfazendo o mito de cinderela Scheila Carvalho ganhou concurso nacional de dança na TV e tinha o apoio da prima e empresária que, excluída da construção da carreira, buscou na justiça os direitos pela promoção. O conjunto Tchan acabou, Scheila cria a filha e desfila na Escola de Samba Paraíso do Tuiuti.
Outros casos fazem parte do folclore artístico, político e esportivo de Juiz de Fora. Jornalistas que escrevem livros, são driblados e vivenciam histórias parecidas, mas preferem não falar na real. As redes sociais, que causam furor na Terra, revelam segredos de bastidores que antes só chegavam à boca pequena. A proibição dos vídeos de Ana Carolina, postados pelo músico e artista plástico Knorr, quando ela cantava em bares e shoppings da cidade, é a pauta do momento e traz as reflexões de como os famosos não se importam muito com quem lhes deu a mão quando precisam de visibilidade, ideias, suporte técnico e financeiro.
Se a proibição partiu da gravadora, da assessoria de imprensa, da cantora de Juiz de Fora, da APCM ou quem quer que seja, o escritório dela assumiu a decisão da verdade sobre a censura. Foi a cantora de Juiz de Fora mesmo como postou Hilde, no R7. O que esperar, agora? Gentileza, esclarecimento e reconhecimento para a cidade e tantos amigos que adubaram o germinar do seu talento e sucesso? A retirada corajosa e ousada do vídeo postado pelo megaminas.globo.com? Não acreditamos. É a Globo quem postou, não é Knorr...Mas esses elementos não fazem parte de sua grande e competente sensibilidade. E no silêncio do travesseiro a verdade incomoda. Viva a consciência!
A jornalista Hildegard Angel refletindo sobre as questões da vida profetizou: "Quando chega no futuro, você precisa do passado".
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2 comentários:
COMENTÁRIO PUBLICADO EM OUTRO SITE.
ACHEI QUE DEFINE TUDO.
Mineira, Jan 25, 2012 12:22 PM
Uma hora isso ia acontecer mesmo. A Ana Carolina, desde que saiu de JF, nunca deu a mínima pra sua cidade natal.
Venho observando isso há muito tempo. Tomem como exemplo os artistas baianos. Levam com orgulho o nome do seu estado, da cidade em que nasceram, das pessoas com quem conviveram antes da fama. São laços eternos que se criam. É bonito de ver a Ivete Sangalo, por exemplo, carregando ainda o seu sotaque forte de baiana, e demonstrando o carinho imenso que sente pelos seus conterrâneos, aliás, pelos fãs do país inteiro. A Alcione sempre falando do Maranhão. A Fafá de Belém e o pessoal da banda Calipso defendendo o Pará. O próprio Milton Nascimento, mineiro, como as bandas Skank e Jotta Quest, a cantora Paula Fernandes, sempre ressaltam a sua Minas Gerais. E tantos outros... É muito lindo isso!
Mas a Ana Carolina, essa não. Não tem coração mineiro. Aprendeu a falar como "ox cariocax" e por lá ficou, gritando em seus shows: Ah meu Rio de Janeiro!
Tenho a idade dela, 37 anos, e, apesar de estar longe do meu berço natal, todos os dias recordo a minha infância, minha adolescência, os tempos de colégio, os namoricos nas pracinhas. É o ciclo natural da vida. Vc pode até deletar todos os vídeos indesejáveis, mas apagar histórias, jamais.
AH MINHA MINAS GERIAS!!!
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